sexta-feira, 21 de junho de 2013

Situação de aprendizagem


Neusa Pereira de Andrade Botelho

ESTRATÉGIAS DE LEITURA


Sequência de atividades para a leitura do texto Meu primeiro beijo, de Antônio Barreto

Público alvo – 8º. Ano

Duração – 6 aulas: 2 aulas para trabalhar as estratégias de leitura (antes e durante a leitura) e 4 aulas para trabalhos depois da leitura

Objetivo: Mobilizar estratégias para explorar, desenvolver e ampliar capacidades de leitura, produção de um Relato de Experiência ( relatar as primeiras experiências de relacionamentos ou até mesmo de relacionamentos platônicos).

Meu primeiro beijo - Antonio Barreto
É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...
Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:
" Você é a glicose do meu metabolismo.
Te amo muito!
''Paracelso"
E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher...E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.
No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:
- Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia?
Fiz cara de desentendida.
Mas ele continuou:
- Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:
- A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânicas; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...

Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.

E de repente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto, juntos, o abismo do primeiro beijo.

Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por várias semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram... e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!

(BARRETO, Antônio. Meu primeiro beijo. In: Balada do primeiro amor. São Paulo, FTD, 1977, cap. 24, p. 134-6)

I - Resgate do contexto de produção:
1. Tarefa dada anteriormente à aula: pesquisar sobre Antônio Barreto.
2. Apresentação do livro (portador) Balada do primeiro amor – capa, contracapa, editora; os alunos apresentam o resultado da pesquisa sobre o autor, sendo ela complementada pelo professor quanto ao estilo, a contemporaneidade, a linguagem utilizada pelo autor, que o aproxima muito do seu público alvo – os adolescentes.
3. Recuperar os conhecimentos sobre o gênero romance e foco narrativo.

II - Ativação de conhecimentos prévios a partir do título do capítulo a ser lido: Meu primeiro beijo
1. Questionar os alunos se acham que seria interessante ler uma obra com o título Balada do primeiro amor. O que esperar da história?
2. A capa é sugestiva? Está de acordo com o público alvo?
3. Sem ainda falar sobre o capítulo a ser lido, partindo da palavra “primeiro”, pedir para que os alunos falem do que se lembram que tenha sido o “primeiro” em suas vidas.
4. E sobre o primeiro beijo, o que têm para falar?
5. Foi um momento marcante? Inesquecível?

III - Levantamento de hipóteses - antecipação ou predição de conteúdos a partir do título
1. O que esperam encontrar num texto cujo título é Meu primeiro beijo?
2. Anotar na lousa as hipóteses levantadas para a checagem durante a leitura.

IV - Checagem de hipóteses e novas predições
Entregar o texto para os alunos. A leitura, feita pelo professor, será interrompida para a checagem das hipóteses anteriormente levantadas ou para novas predições de conteúdos, a partir das questões dos itens seguintes.
(Há outras perguntas a serem feitas até o final do texto. Para não nos estendermos muito, apenas colocamos algumas para exemplificar o que pode ser feito e não necessariamente nesta ordem rigorosa. À medida que a leitura avançar, as perguntas serão feitas contemplando.)

V - Localização de informações e comparações no texto
1. Como explicar a comparação que Paracelso faz ao escrever para a garota: “Você é a glicose do meu metabolismo”?
2. Ela resolve “dar uma chance para ele” (terceiro parágrafo). Que chance seria essa? Que parte do texto comprova sua resposta?
3. No final do último parágrafo, temos uma comparação: “Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível.” O que a personagem compara?

VI - Inferências locais
1. Destaque no texto passagens que justificam o apelido de Cultura Inútil para o garoto.
2. “Mas continuou salivando seus perdigotos”. Pelo contexto, o que você entende por “perdigotos”? (Observe que ela vem associada a “salivando” e “saliva” , no parágrafo seguinte).
3. Por que a garota chama o Cultura Inútil de “bactéria falante”?
4. “... e foi ficando nisso.” (final do último parágrafo). A que se refere o pronome destacado?

VII – Inferências globais
1. No primeiro parágrafo, a personagem diz: “Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal.” O que podemos inferir em sua fala?
2. Por que Paracelso assinou o bilhete com letrinha miúda?
3. Por que a garota quase teve dó, pena do Cultura Inútil ou Paracelso? Isso justifica sua fala no primeiro parágrafo (conforme questão 1)?
4. O uso de “perdigoto” foi no sentido denotativo ou conotativo?
5. “então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.” “De repente o ônibus já havia chegado”. Considerando a relação de tempo entre “alguns segundos” e “de repente”, reforçada por “já”, o que podemos comentar?
6. O que podemos comentar na passagem “tínhamos transposto, juntos, o abismo do primeiro beijo”?
7. Que significado pode-se atribuir a “o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu tempo”?

VIII – Relações de intertextualidade
Para a verificação das relações de intertextualidade, perguntar para os alunos se há em seu repertório algum outro texto que dialogue com o capítulo lido. Para enriquecer essa etapa do trabalho, apresentar aos alunos trechos de outros textos como Meu primeiro beijo, de Walcyr Carrasco; O primeiro beijo, de Clarice Lispector; O primeiro beijo, de Márcia Kupstas e outros. Nesse diálogo com outros textos há também a intenção de despertar nos alunos a curiosidade e o interesse para lê-los.

IX - Relações de interdiscursividade
1. Na passagem: “instinto maternal, coisas de mulher...” a que a personagem se refere? Esse discurso é seu ou de outrem?
2. Toda a explanação que o Cultura Inútil faz sobre o beijo, apoia-se no discurso de outras pessoas?

X - Percepção de outras linguagens
Levar outras fontes que tenham como tema o beijo, como a escultura de Rodin - O beijo - , Eros e Psyque, de Canova, o quadro de Klimt e cenas antológicas de vários filmes, aproveitando que a personagem diz conhecer o beijo “Só de filme.”, em que o beijo ocorreu e marcou cenas como no final de Casablanca, por exemplo.
A cena do filme A Dama e o Vagabundo http://www.youtube.com/watch?v=0aoBUpn4n_4
A cena do filme My Girl ( Meu primeiro amor) http://www.youtube.com/watch?v=kI_N4njmC6U
O filme Nunca fui beijada , filme norte americano de 1999, comédia romântica dirigida por Raja Gosnell
O poema
SEM SAÍDA
E agora, o que faço?
Fujo, tremo, desmaio?
Encaro o meu amor,
Ponto final, reticências ou traço,
Fico ou saio?
(Ulisses Tavares)

XI - Apreciações estéticas e/ou afetivas
1. Leia o terceiro parágrafo do texto. Que valor expressivo têm as reticências em “instinto maternal, coisas de mulher...”? Têm o mesmo valor no final do texto: “depois diminuíram... e foi ficando nisso.”?
2. “Ele beijou a pontinha do meu nariz,”. O uso diminutivo foi para indicar “ponta pequena” ou deu à passagem do texto um outro significado? Qual?
3. O mesmo pode ser aplicado na passagem anterior: “E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente.”?

XII - Apreciações relativas a valores éticos
1. “É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus,”. Considerando que o texto é da década de 70 (já comentado quando da apresentação da capa) e de acordo com os costumes da época, beijar num ônibus seria normal? A personagem mostra isso em sua fala?
2. Você concorda que o primeiro beijo modifica o comportamento das pessoas? Como isso é mostrado no texto? E para você?
DEPOIS DA LEITURA
Desenvolver um trabalho em parceria:
com o professor de Ciências sobre os riscos trazidos pelo beijo, pela saliva;
com o professor de História – o beijo em outras culturas;
com o professor de Arte – pesquisa sobre pinturas e esculturas cujo tema seja o beijo;
em Língua Portuguesa:
continuar com a leitura de outros textos e músicas com a mesma temática;
escrever um relato do que se passou, no último parágrafo, entre “Desci, cheguei em casa ... por várias semanas.” até “Até que o mundo rolou ...diminuíram...”;
mudar a ponto de vista do texto, trabalhando os capítulos XXXIII e XXXIV de Dom Casmurro, dando voz ao Cultura Inútil, num diálogo com Bentinho.
construir um relato de experiência vivida com o tema ''O meu primeiro beijo''.

AVALIAÇÃO: Ocorrerá durante todo o desenvolvimento das atividades, mediante a verificação da participação e desempenho do alunos: antes , durante e depois da Leitura.E para o professor servirá como um exercício reflexivo quanto à metodologia e recursos utilizados(autoavaliação), além de norteador para a continuidade dos conteúdos.















quarta-feira, 19 de junho de 2013

Meu Primeiro Beijo

Neusa Pereira Andrade
Sandra Helena Miguel

ESTRATÉGIAS DE LEITURA

Sequência de atividades para a leitura do texto Meu primeiro beijo, de Antônio Barreto

Público alvo – 8º. Ano

Duração – 6 aulas: 2 aulas para trabalhar as estratégias de leitura (antes e durante a leitura) e 4 aulas para trabalhos depois da leitura

Objetivo: Mobilizar estratégias para explorar, desenvolver e ampliar capacidades de leitura, produção de um Relato de Experiência ( relatar as primeiras experiências de relacionamentos ou até mesmo de relacionamentos platônicos).

Meu primeiro beijo - Antonio Barreto

É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...

Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:

" Você é a glicose do meu metabolismo.

Te amo muito!

Paracelso"

E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher...E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.

No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:

- Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia?

Fiz cara de desentendida.

Mas ele continuou:

- Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:

- A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânicas; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...

Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.

E de repente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto, juntos, o abismo do primeiro beijo.

Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por várias semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram... e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!

(BARRETO, Antônio. Meu primeiro beijo. In: Balada do primeiro amor. São Paulo, FTD, 1977, cap. 24, p. 134-6)



I - Resgate do contexto de produção:

1. Tarefa dada anteriormente à aula: pesquisar sobre Antônio Barreto.

2. Apresentação do livro (portador) Balada do primeiro amor – capa, contracapa, editora; os alunos apresentam o resultado da pesquisa sobre o autor, sendo ela complementada pelo professor quanto ao estilo, a contemporaneidade, a linguagem utilizada pelo autor, que o aproxima muito do seu público alvo – os adolescentes.

3. Recuperar os conhecimentos sobre o gênero romance e foco narrativo.

II - Ativação de conhecimentos prévios a partir do título do capítulo a ser lido: Meu primeiro beijo

1. Questionar os alunos se acham que seria interessante ler uma obra com o título Balada do primeiro amor. O que esperar da história?

2. A capa é sugestiva? Está de acordo com o público alvo?

3. Sem ainda falar sobre o capítulo a ser lido, partindo da palavra “primeiro”, pedir para que os alunos falem do que se lembram que tenha sido o “primeiro” em suas vidas.

4. E sobre o primeiro beijo, o que têm para falar?

5. Foi um momento marcante? Inesquecível?

III - Levantamento de hipóteses - antecipação ou predição de conteúdos a partir do título

1. O que esperam encontrar num texto cujo título é Meu primeiro beijo?

2. Anotar na lousa as hipóteses levantadas para a checagem durante a leitura.

IV - Checagem de hipóteses e novas predições

Entregar o texto para os alunos. A leitura, feita pelo professor, será interrompida para a checagem das hipóteses anteriormente levantadas ou para novas predições de conteúdos, a partir das questões dos itens seguintes.

(Há outras perguntas a serem feitas até o final do texto. Para não nos estendermos muito, apenas colocamos algumas para exemplificar o que pode ser feito e não necessariamente nesta ordem rigorosa. À medida que a leitura avançar, as perguntas serão feitas contemplando.)

V - Localização de informações e comparações no texto

1. Como explicar a comparação que Paracelso faz ao escrever para a garota: “Você é a glicose do meu metabolismo”?

2. Ela resolve “dar uma chance para ele” (terceiro parágrafo). Que chance seria essa? Que parte do texto comprova sua resposta?

3. No final do último parágrafo, temos uma comparação: “Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível.” O que a personagem compara?

VI - Inferências locais

1. Destaque no texto passagens que justificam o apelido de Cultura Inútil para o garoto.

2. “Mas continuou salivando seus perdigotos”. Pelo contexto, o que você entende por “perdigotos”? (Observe que ela vem associada a “salivando” e “saliva” , no parágrafo seguinte).

3. Por que a garota chama o Cultura Inútil de “bactéria falante”?

4. “... e foi ficando nisso.” (final do último parágrafo). A que se refere o pronome destacado?

VII – Inferências globais

1. No primeiro parágrafo, a personagem diz: “Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal.” O que podemos inferir em sua fala?

2. Por que Paracelso assinou o bilhete com letrinha miúda?

3. Por que a garota quase teve dó, pena do Cultura Inútil ou Paracelso? Isso justifica sua fala no primeiro parágrafo (conforme questão 1)?

4. O uso de “perdigoto” foi no sentido denotativo ou conotativo?

5. “então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.” “De repente o ônibus já havia chegado”. Considerando a relação de tempo entre “alguns segundos” e “de repente”, reforçada por “já”, o que podemos comentar?

6. O que podemos comentar na passagem “tínhamos transposto, juntos, o abismo do primeiro beijo”?

7. Que significado pode-se atribuir a “o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu tempo”?

VIII – Relações de intertextualidade

Para a verificação das relações de intertextualidade, perguntar para os alunos se há em seu repertório algum outro texto que dialogue com o capítulo lido. Para enriquecer essa etapa do trabalho, apresentar aos alunos trechos de outros textos como Meu primeiro beijo, de Walcyr Carrasco; O primeiro beijo, de Clarice Lispector; O primeiro beijo, de Márcia Kupstas e outros. Nesse diálogo com outros textos há também a intenção de despertar nos alunos a curiosidade e o interesse para lê-los.

IX - Relações de interdiscursividade

1. Na passagem: “instinto maternal, coisas de mulher...” a que a personagem se refere? Esse discurso é seu ou de outrem?

2. Toda a explanação que o Cultura Inútil faz sobre o beijo, apoia-se no discurso de outras pessoas?

X - Percepção de outras linguagens

Levar outras fontes que tenham como tema o beijo, como a escultura de Rodin - O beijo - , Eros e Psyque, de Canova, o quadro de Klimt e cenas antológicas de vários filmes, aproveitando que a personagem diz conhecer o beijo “Só de filme.”, em que o beijo ocorreu e marcou cenas como no final de Casablanca, por exemplo.

A cena do filme A Dama e o Vagabundo http://www.youtube.com/watch?v=0aoBUpn4n_4

A cena do filme My Girl ( Meu primeiro amor) http://www.youtube.com/watch?v=kI_N4njmC6U

O filme Nunca fui beijada , filme norte americano de 1999, comédia romântica dirigida por Raja Gosnell

O poema

SEM SAÍDA

E agora, o que faço?
Fujo, tremo, desmaio?
Encaro o meu amor,
Ponto final, reticências ou traço,
Fico ou saio?

(Ulisses Tavares)

XI - Apreciações estéticas e/ou afetivas

1. Leia o terceiro parágrafo do texto. Que valor expressivo têm as reticências em “instinto maternal, coisas de mulher...”? Têm o mesmo valor no final do texto: “depois diminuíram... e foi ficando nisso.”?

2. “Ele beijou a pontinha do meu nariz,”. O uso diminutivo foi para indicar “ponta pequena” ou deu à passagem do texto um outro significado? Qual?

3. O mesmo pode ser aplicado na passagem anterior: “E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente.”?

XII - Apreciações relativas a valores éticos

1. “É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus,”. Considerando que o texto é da década de 70 (já comentado quando da apresentação da capa) e de acordo com os costumes da época, beijar num ônibus seria normal? A personagem mostra isso em sua fala?

2. Você concorda que o primeiro beijo modifica o comportamento das pessoas? Como isso é mostrado no texto? E para você?

DEPOIS DA LEITURA

Desenvolver um trabalho em parceria:

  • com o professor de Ciências sobre os riscos trazidos pelo beijo, pela saliva;
  • com o professor de História – o beijo em outras culturas;
  • com o professor de Arte – pesquisa sobre pinturas e esculturas cujo tema seja o beijo;
  • em Língua Portuguesa:
    • continuar com a leitura de outros textos e músicas com a mesma temática;
    • escrever um relato do que se passou, no último parágrafo, entre “Desci, cheguei em casa ... por várias semanas.” até “Até que o mundo rolou ...diminuíram...”;
    • mudar a ponto de vista do texto, trabalhando os capítulos XXXIII e XXXIV de Dom Casmurro, dando voz ao Cultura Inútil, num diálogo com Bentinho.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Situação de aprendizagem elaborada para alunos da 5ª série/6º ano, a partir do texto “Avestruz” do autor Mário Prata.

                                                                                                        Simone Pires


OBJETIVO:  Mobilizar estratégias para explorar, desenvolver e ampliar capacidades de leitura, bem como trabalhar o gênero “crônica narrativa” e suas características.

TEMPO PREVISTO: de 04 a 06 aulas

RECURSOS:
Cópias do texto.
Livros/enciclopédias que possam ser utilizados para pesquisa sobre o avestruz.
Livro didático (para estudo das características do gênero crônica narrativa).
Lousa e giz.

CONTEÚDO: Texto “Avestruz” – Autor: Mário Prata

AVESTRUZ
                                                                                    (Mário Prata)

O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos, uma avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto.
Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam em domicílio.
E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, Deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato.
Mas eu estava falando da sua criação por Deus. Colocou um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais.
Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé. Sacanagem, Senhor!
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto é que logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha.
Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta, entrando depois na menopausa, não têm, portanto, TPM. Uma avestruz com TPM é perigosíssima!
Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento.
 Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer.
Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem.
Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu.
Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.
PRATA, Mário. Avestruz. Disponível em: http://www.marioprataonline.com.br. (In: Caderno do AlunoEnsino Fundamental II – Vol. 2 p. 9-10)

ESTRATÉGIAS DE LEITURA

ATIVAÇÃO DE CONHECIMENTOS PRÉVIOS
Você sabe o que é um avestruz?
Já viu um?
Onde vive um avestruz?

ANTECIPAÇÃO OU PREDIÇÃO
O que o título sugere?
Do que se trata o texto?

 CHECAGEM DE HIPÓTESES
Devolutivas dos alunos.  (Durante a leitura, realizada pelo professor, haverá interrupções para checagem das hipóteses previamente levantadas pelos alunos e/ou para novas predições.)

LOCALIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES
Localizar no texto informações descritivas do avestruz.

COMPARAÇÃO DE INFORMAÇÕES
Você cria algum animal? Já criou? Compare com a situação de criar um avestruz em casa.

GENERALIZAÇÃO
Se um grande amigo lhe pedisse um favor muito estranho ou complicado, como você se sentiria?

PRODUÇÃO DE INFERÊNCIAS LOCAIS
Você sabe o que significa a expressão “asas atrofiadas”?

PRODUÇÃO DE INFERÊNCIAS GLOBAIS
A que a palavra “Floripa” lhe remete? Você já ouviu essa palavra antes?

RECUPERAÇÃO DE CONTEXTO DE PRODUÇÃO DO TEXTO
Você conhece o autor deste texto?
Qual a intenção do autor ao escrever este texto?
Onde circula este gênero textual?

DEFINIÇÃO DE FINALIDADES E METAS DA ATIVIDADE DE LEITURA
Ativação das estratégias de leitura.
Ler para aprender sobre o avestruz.
Ler por prazer (fruência).

PERCEPÇÃO DE RELAÇÕES DE INTERTEXTUALIDADE
 Busca de informações sobre o avestruz em enciclopédias para estabelecer relações com o texto em estudo.

PERCEPÇÃO DE RELAÇÕES DE INTERDISCURSIVIDADE
Fazer relação com texto bíblico (Deus, Adão, paraíso, etc).

PERCEPÇÃO DE OUTRAS LINGUAGENS
Pela ilustração seria adequado que ele tivesse um avestruz em casa?

ELABORAÇÃO DE APRECIAÇÃO ESTÉTICAS E/OU AFETIVAS
O autor gradativamente tenta convencer o garoto sobre a escolha incabível de ter o animal que devora tudo que vê pela frente. O que representam estes objetos? O que você sentiria se um animal comesse as coisas que você gosta?

ELABORAÇÃO DE APRECIAÇÕES RELATIVAS A VALORES ÉTICOS E/OU POLÍTICOS
Em sua opinião a atitude do autor (fazê-lo desistir da ave) foi correta? Quais são as implicações desta atitude para eles?

AVALIAÇÃO:
- Os alunos podem ser avaliados por sua participação durante o levantamento e checagem de hipóteses, pela pesquisa (busca de informações sobre o avestruz) e pela produção escrita (produção de crônica narrativa com base em fatos retirados da realidade dos alunos).
- O professor pode realizar uma autoavaliação refletindo sobre o sucesso ou não das estratégias utilizadas (que intervenções devem ser feitas - as estratégias que devem ser repetidas porque possibilitam ampliar a capacidade de compreensão dos alunos e as que não contribuíram para a aprendizagem, tolhendo os estudantes ou deixando-os dispersos e sem interesse).




Situações de Aprendizagem - texto Pausa - Moacyr Scliar




Estratégia de Leitura – Sequência de Atividades para a Leitura do Texto Pausa de Moacyr Scliar

Público alvo: 9º ano
Duração: 6 aulas, sendo 2 aulas para (antes e durante a leitura), 4 aulas para depois da leitura.
Objetivo: Ler com atenção, encontrar informações adequadas no texto, revelar habilidade para interpretar e refletir sobre a realidade do texto e sua própria, tirar conclusões, comparar textos de diferentes gêneros, pesquisar vocabulário pertinente ao contexto.

Leia o Texto de Moacyr Scliar
PAUSA

Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para o banheiro. Fez a barba e lavou-se. Vestiu-se rapidamente e sem ruído. Estava na cozinha, preparando sanduíches, quando a mulher apareceu, bocejando:
            —Vais sair de novo, Samuel?
Fez que sim com a cabeça. Embora jovem, tinha a fronte calva; mas as sobrancelhas eram espessas, a barba, embora recém-feita, deixava ainda no rosto uma sombra azulada. O conjunto era uma máscara escura.
            —Todos os domingos tu sais cedo – observou a mulher com azedume na voz.
            —Temos muito trabalho no escritório – disse o marido, secamente.
Ela olhou os sanduíches:
            —Por que não vens almoçar?
            —Já te disse: muito trabalho. Não há tempo. Levo um lanche.
A mulher coçava a axila esquerda. Antes que voltasse a carga, Samuel pegou o chapéu:
            —Volto de noite.
As ruas ainda estavam úmidas de cerração. Samuel tirou o carro da garagem. Guiava vagarosamente, ao longo do cais, olhando os guindastes, as barcaças atracadas.
Estacionou o carro numa travessa quieta. Com o pacote de sanduíches debaixo do braço, caminhou apressadamente duas quadras. Deteve-se ao chegar a um hotel pequeno e sujo. Olhou para os lados e entrou furtivamente. Bateu com as chaves do carro no balcão, acordando um homenzinho que dormia sentado numa poltrona rasgada. Era o gerente. Esfregando os olhos, pôs-se de pé:
            —Ah! Seu Isidoro! Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom este, não é? A gente...
            —Estou com pressa, seu Raul – atalhou Samuel.
            — Está bem, não vou atrapalhar. O de sempre - Estendeu a chave.
Samuel subiu quatro lanços de uma escada vacilante. Ao chegar ao último andar, duas mulheres gordas, de chambre floreado, olharam-no com curiosidade:
            —Aqui, meu bem! – uma gritou, e riu: um cacarejo curto.
Ofegante, Samuel entrou no quarto e fechou a porta a chave. Era um aposento pequeno: uma cama de casal, um guarda-roupa de pinho: a um canto, uma bacia cheia d’água, sobre um tripé. Samuel correu as cortinas esfarrapadas, tirou do bolso um despertador de viagem, deu corda e colocou-o na mesinha de cabeceira.
Puxou a colcha e examinou os lençóis com o cenho franzido; com um suspiro, tirou o casaco e os sapatos, afrouxou a gravata. Sentado na cama, comeu vorazmente quatro sanduíches. Limpou os dedos no papel de embrulho, deitou-se fechou os olhos.
Dormir.
Em pouco, dormia. Lá embaixo, a cidade começava a move-se: os automóveis buzinando, os jornaleiros gritando, os sons longínquos.
Um raio de sol filtrou-se pela cortina, estampou um círculo luminoso no chão carcomido. 
Samuel dormia; sonhava. Nu, corria por uma planície imensa, perseguido por um índio montado o cavalo. No quarto abafado ressoava o galope. No planalto da testa, nas colinas do ventre, no vale entre as pernas, corriam. Samuel mexia-se e resmungava. Às duas e meia da tarde sentiu uma dor lancinante nas costas. Sentou-se na cama, os olhos esbugalhados: o índio acabava de trespassá-lo com a lança. Esvaindo-se em sangue, molhando de suor, Samuel tombou lentamente; ouviu o apito soturno de um vapor. Depois, silêncio.

Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para a bacia, levou-se. Vestiu-se rapidamente e saiu.
Sentado numa poltrona, o gerente lia uma revista.
            — Já vai, seu Isidoro?
            —Já – disse Samuel, entregando a chave. Pagou, conferiu o troco em silêncio.
            —Até domingo que vem, seu Isidoro – disse o gerente.
            —Não sei se virei – respondeu Samuel, olhando pela porta; a noite caia.
            —O senhor diz isto, mas volta sempre – observou o homem, rindo.
Samuel saiu.
Ao longo dos cais, guiava lentamente. Parou um instante, ficou olhando os guindastes recortados contra o céu avermelhado. Depois, seguiu. Para casa.
(in: Alfredo Bosi, org. O conto brasileiro contemporâneo. São Paulo: Cultrix, 1977. p. 275)


I – Resgate do contexto de Produção

      1. Tarefa anterior à aula: pesquisa sobre a biografia e bibliografia de Moacyr Scliar.
      2. Recuperar conhecimentos sobre o gênero crônica.

II – Ativação de conhecimentos prévios

       - Você sabe o que é uma pausa?
     
        - Você já “deu um tempo” em alguma situação de sua vida? Ou já ouviu de alguém essa
          expressão?

III – Antecipação ou Predição

       - O que o título sugere?
       - Do que trata o texto?
       - O que você acha que vai ocorrer?

IV – Checagem de Hipóteses

       - Devolutiva dos alunos (Durante a leitura realizada pelo professor), haverá interrupções
         para checagem das hipóteses previamente levntadas pelos alunos e ou para novas
         predições.

V – Localização de informações

       Localizar no texto informações descritivas sobre o cotidiano do personagem Samuel.

VI – Generalização

        - Por que Samuel tinha a intenção de sair antes que a mulher acordasse?
        - Qual a reação da esposa ao saber que o marido estava saindo mais um domingo?

II –V Produção de Inferências Locais

         - Qual o motivo de Samuel ter mudado seu nome para o gerente do hotel?
         - Qual é a realidade que Samuel se insere?

VIII – Produção de inferências globais

          - O que sugere a expressão no texto “chambre floreado”?
          - O que as duas mulheres gordas de chambre floreado faziam no hotel?

IX – Recuperação de Contexto de Produção do Texto

        - Você conhece o escritor Moacyr Scliar?
        - Qual a intenção do autor ao publicar este texto?
        - Onde circula este tipo de texto?

X – Definição de Finalidades e Metas da Atividade de Leitura

       - Ativação das estratégias de leitura.
       - Ler para refletir sobre o cotidiano da personagem confrontando com o nosso.
       - Ler por prazer (fruência).

XI – Percepção de Relações de Intertextualidade

        - Perguntar ao aluno se há em seu repertório algum outro texto que dialogue com Pausa.

       - Para enriquecer o trabalho apresentar aos alunos outros tipos de textos,  imagens, filmes,
         músicas que dialoguem com o texto.

                                                               I        Cota Zero

 Stop.
A vida parou
ou foi o automóvel?
(Carlos Drummond de Andrade)
                                                                  II         Pausa

uma pausa na pausa do tempo
é acordar em movimento
é uma investida no sentimento
é deixar a vida ao sabor do vento
é desenhar no arco-íris uma cor diferente (A.Silvestre)
                                                  III     Tédio
“Deitado no meu quarto,
O tempo voa.
Lá fora a vida passa
E eu aqui à toa. X
Eu já tentei de tudo
                                              Mas não tenho remédio,
                                              Pra livrar-me desse Tédio.”  (Biquini Cavadão)

XI – Percepção de Outras Linguagens      

        - De acordo com a imagem e o poema de Carlos Drummond de Andrade, como podemos
         relacioná-lo ao poema?

       - Após a leitura do trecho da música Tédio de Biquini Cavadão, de que forma podemos
        relacioná-la às saídas de Samuel aos domingos?

XII – Elaboração de Apreciação Estética e ou Afetivas

         O narrador mostra que a personagem necessita escapar de uma determinada situação e
        arma um plano de fuga.
        - Você já se viu nessa situação, ou conhece alguém que age assim?

XIII – Elaboração de Apreciações Relativas a Valores Éticos e ou Políticos

          - Você acha correta a atitude de Samuel dando estas “escapadinhas” aos domingos?
           - Você acha que para um casal manter-se juntos é necessário “dar uma pausa” às vezes?        
           - E quanto à esposa de Samuel, teria ela também pontos de fuga? Quais poderiam ser?


DEPOIS DA LEITURA

-  Desenvolver trabalhos em parceria:

   . Com professor de História, sobre comportamentos do homem e da mulher no século
     XIX e da era contenporânea.

   . Com professor de Artes, dramatização, teatro, temas cotidianos.

   . Em Língua Portuguesa, continuar compartilhando textos, filmes, músicas da mesma     
     temática; produzir textos partindo do desfecho da história; produzir texto relato de
     experiência de “pontos de fuga”, ou seja, momentos de parar, de refletir.